Nem todo evento grande é, de fato, grandioso.

Nos bastidores da indústria de eventos, há uma diferença sutil — e essencial — entre crescer e sustentar o crescimento.

De fato, o brilho de eventos grandes pode encantar, mas é nos bastidores que se revela a verdadeira força deles: sua coerência, propósito e consistência ao longo do tempo.

Nem sempre o que é grande é, de fato, profundo. Há eventos em que isso fica claro: quanto mais pessoas, mais luzes, mais palcos — às vezes, menos trocas verdadeiras acontecem.


Crescimento orgânico importa mais que tamanho



O problema de se fazer um evento grande é mantê-lo grande ao longo dos anos.
Um evento saudável (inclusive financeiramente) normalmente nasce pequeno, cresce com o tempo — e com uma periodicidade coerente — até encontrar o seu teto natural.

Há eventos que crescem rápido demais e o movimento deixa de ser orgânico. O crescimento logarítmico revela uma base frágil. E quando a curva se estabiliza, percebemos que o desafio não era crescer — era sustentar o próprio tamanho.

Os encontros que realmente transformam costumam ter outro ritmo. São menores, mais silenciosos, e por isso mesmo mais significativos. A força deles está na escuta, na qualidade das conversas e na conexão genuína entre quem participa.

E foi observando diferentes formatos de eventos que percebi como esse equilíbrio — entre o crescimento e a sustentabilidade — se manifesta na prática.



 

📊 Exemplos na prática

1️⃣ Eventos de grande porte insustentáveis:

Há eventos cujo próprio tamanho se torna insustentável quando realizados anualmente. Nesses casos, trata-se de um equívoco de planejamento: o formato de grande porte não se sustenta, ou ao menos não comporta uma periodicidade anual — devendo ser bienal (ou até mais espaçado). Muitas vezes, essa limitação é perceptível no próprio perfil do mercado, em que certos segmentos simplesmente não geram inovações ou novidades suficientes para justificar uma realização anual.

2️⃣ Eventos com crescimento forçado:

Também há eventos extremamente saudáveis e sustentáveis, com uma curva de crescimento orgânica e natural, que alcançam um determinado platô — um “teto” que deve ser identificado e respeitado. Mas, no afã de obter resultados sempre crescentes, a promotora pode impor ao evento um crescimento além do natural — números maiores, forçados, irreais, um crescimento impossível. Vi valores de inscrição ultrapassarem o nível hierárquico do público congressista; vi cotas de patrocínio se tornarem inviáveis até para as marcas mais fiéis. Resultado: o crescimento imposto foi o que matou o próprio evento.

3️⃣ Eventos sustentáveis:

Por fim, há os eventos realmente sustentáveis, nos quais o promotor respeita a curva de crescimento natural, inclusive o momento em que o evento atinge seu platô. Nesses casos, se o promotor deseja aumentar seus resultados — em faturamento ou alcance —, pode diversificar horizontalmente: ampliar opções de merchandising, formatos de participação e adesão, sem precisar aumentar o tamanho físico do evento em si.

 



🌿 Conclusões

Cabe ao promotor fazer a leitura correta da curva de crescimento de seus eventos e perceber que o desafio não é continuar crescendo, e sim sustentar o próprio tamanho.

Quanto aos participantes — expositores, patrocinadores ou congressistas —, vale observar atentamente as edições do evento de que costumam participar. Uma simples observação revela quando o evento alcança o teto natural. Se a próxima edição envolver mudanças significativas no tamanho do espaço, cidade de realização ou valores de participação, cautela.

O desafio em manter um evento sustentável está em lembrar que impacto não se mede em metros quadrados, mas naquilo que permanece depois que as luzes se apagam.

Crescimento orgânico importa mais que tamanho!



$audaçõe$, com visão e propósito!


Feiras e Exposições
O que todo expositor deve saber
Por: Anne Sophie Matthey-Henry

Novos indicadores pra considerar antes de investir

𝗔𝗻𝘁𝗲𝘀 𝗱𝗲 𝗶𝗻𝘃𝗲𝘀𝘁𝗶𝗿 𝗲𝗺 𝘂𝗺 𝗲𝘃𝗲𝗻𝘁𝗼, é necessário analisar os parâmetros de qualidade e os indicadores específicos do evento, ou os padrões adotados pela promotora em toda a sua programação.


Considere os parâmetros de qualidade antes da qualidade em si.


Considerando a participação em feiras de negócios hoje, vejo que existem novos e importantes indicadores, quase estratégicos, que as empresas devem observar antes de decidir pelo investimento.

1. Um deles é avaliar o quanto a feira consegue ser híbrida e oferecer alcance real de negócios de forma remota. Esse ponto se tornou fundamental no pós-pandemia. Além de agregar conforto e ampliar oportunidades, também oferece maior segurança no investimento em caso de surtos regionais ou outras situações imprevistas.

2. Outro aspecto decisivo consiste em analisar se a promotora adota critérios de avaliação da experiência do participante. Nesse caso, é importante solicitar seus indicadores de satisfação em diversas categorias, a fim de verificar se a qualidade percebida pelo público alcançou um patamar de excelência que justifique sua fidelização e retorno em futuras edições.


Veja abaixo alguns parâmetros de qualidade:


📍 Acesso e Fluxo do Evento:

  • Tempo de espera no credenciamento | Objetivo: máx 10 min com interação | Efetivo no ano: __
  • Tempo de espera nos banheiros | Objetivo: máx 3 min | Efetivo no ano: __
  • Distância até banheiros | Objetivo: máx 90m | Efetivo no ano: __ (qtd disponível no espaço)
  • Deslocamento até qq atração principal | Objetivo: máx 10-12 min | Efetivo no ano: __ (qtd no espaço)

📍 Conforto e Ambientação:
  • Sinalização completa visível - tótens interativos | Objetivo: a cada 50m | Efetivo no ano: __
  • Planta baixa da feira - gde formato | Objetivo: nos locais estratégicos de fluxo | Efetivo no ano: __
  • Áreas de descanso - bancos, lounges | Objetivo: 1 a cada 100-150m | Efetivo no ano: __
  • Temperatura média ideal(*) nos auditórios | Objetivo: entre 20–24 °C | Efetivo no ano: __
  • Temperatura média ideal(*) no espaço circulante | Objetivo: entre 20–24 °C | Efetivo no ano: __
  • Controle de ruído no pavilhão | Objetivo: nunca acima de 85 dB | Efetivo no ano: __

* O controle da temperatura em espaços de eventos constitui um aspecto sensível e deve ser analisado de forma antecipada, durante o planejamento e a definição do local. Essa avaliação permite identificar:
(a) áreas de circulação geral que não disponham de climatização, de modo a prever soluções corretivas ou compensatórias; e
(b) auditórios dotados de sistemas de climatização central com configuração padrão, sem possibilidade de regulagem específica, como é comum em estruturas de shopping centers e centros de convenções.


📍 Consumo e Serviços: 
  • Lixeiras disponíveis - seletivas |  Objetivo: 1 a cada 12–15m | Efetivo no ano: __
  • Pontos de alimentação/bebida | Objetivo: 1 a cada 5–7 min | Efetivo no ano: __
  • Tempo máximo de espera em praça de alimentação | Objetivo: 10 min em fila | Efetivo no ano: __

📍 Atendimento e Interação:
  • Qualquer staff circulante - contato visual e sorrir | Objetivo: 1 a cada 3m | Efetivo no ano: __
  • Disponibilidade de staff visível | Objetivo: nunca caminhar + de 3 min | Efetivo no ano: __ 
  • Tempo máximo de resposta a uma dúvida | Objetivo: menos de 2 min | Efetivo no ano: __


📍 Experiência e Encantamento:

  • Atrações - fila com interação** | Objetivo: 1 a cada 5–7 min de espera | Efetivo no ano: __
  • Momentos surpresa programados*** | Objetivo: 1 a cada grande área | Efetivo no ano: __ 
  • Contato com experts, personalidades | Objetivo: 1 pto instagramável a cada 300–500m | Efetivo no ano: __

** ex.: telas, jogos, hologramas, QR codes,...
*** ex.: pocket show, música inesperada,,...


📍 Segurança e Bem-estar:
  • Tempo para atendimento em ambulatório | Objetivo: máx 5 min | Efetivo no ano: __ 
  • Sinalização de saída de emergência | Objetivo: mín de 1 a cada 25m | Efetivo no ano: __ 
  • Iluminação adequada no espaço circulante | Objetivo: mín de 200 lux****  | Efetivo no ano: __ 
**** Se interessar a NBR ISO adequada deve ser analisada, assim como os parâmetros oferecidos pelo espaço do evento. Para os expositores especificamente: Se a iluminação do pavilhão for estruturalmente deficiente, será necessário prever a suplementação no momento do projeto do estande.


📍 Entre outras categorias relevantes e adaptáveis de acordo com o espaço e o perfil do evento, etc.


O sucesso de público em uma edição não garante o mesmo resultado na próxima. O que sustenta a relevância de um evento é uma eficiente gestão dos indicadores da Experiência do Participante - estes são tão importantes quanto os números de visitantes, expositores ou de negócios realizados.


💡 Ficam as perguntas:

  • O que uma empresa deve considerar antes de investir em um evento?
  • Os promotores se preocupam em medir a Experiência do Participante de seus eventos?


$audaçõe$, com visão e propósito!



Feiras e Exposições
O que todo expositor deve saber
Por: Anne Sophie Matthey-Henry

Um roteiro para expositores

Organizar e promover a participação de uma empresa em uma feira de negócios, exige planejamento, método e visão estratégica.

Tudo começa com uma pesquisa cuidadosa, seguida de uma seleção criteriosa, baseada em parâmetros claros e coerentes, até se concretizar em um orçamento detalhado e um plano de ação bem estruturado.

💡 Expositor, não aposte na sorte. Use seu tempo com sabedoria e construa um planejamento coeso.



Não aposte na sorte


📍 O ponto de partida

A participação em feiras não começa com a assinatura do contrato de locação do estande.
Ela se inicia muito antes, como parte do planejamento anual ou bienal da empresa.

A assinatura do contrato é apenas uma das centenas de ações que compõem o plano geral. Antes dessa etapa, o expositor já deve ter definido:
  • o orçamento de marketing e vendas;
  • os objetivos e metas de participação;
  • as projeções financeiras da ação — quanto se pretende investir e retornar;
  • e o valor institucional percebido após o(s) evento(s).


📍 Roteiro cronológico de atividades

A seguir, proponho o uso de um roteiro de referência, organizado em ordem cronológica (1 = primeira tarefa / 10 = última).
Cabe a cada empresa adaptá-lo ao seu próprio fluxograma e realidade operacional.


🚀 No ano anterior à(s) feira(s):

1. Definir os objetivos de vendas e marketing para o próximo ano ou biênio.
- Inclui análise S.W.O.T. e revisão de processos (ISO, melhoria contínua).

2. Levantar feiras de negócios que contribuam para o alcance das metas definidas.

3. Selecionar as feiras com maior potencial e pesquisar valores de metragem e merchandising.

4. Calcular a metragem ideal do(s) estande(s).
(Clique no link para um exemplo de cálculo e adapte o modelo conforme sua necessidade.)

5. Contatar as promotoras, apresentar a necessidade de área, verificar disponibilidades e definir as reservas iniciais (sem sinal, se possível).

6. Estimar os gastos totais mínimos, com base em participações anteriores.
- Sugestão de cálculo preliminar: (valor do m² × 3) + estimativa de deslocamento e hospedagem, se houver.

7. Obter a aprovação formal da diretoria ou conselho, incorporando as sugestões de ajustes e alterações necessárias.

8. Confirmar a participação nas feiras selecionadas e formalizar as reservas.
- Ajustar os valores aprovados.
- Definir a localização do estande em cada feira.
- Contatar as promotoras e assinar os contratos de locação, que devem incluir:
~ Planta baixa com área definida
~ Manual do Expositor

9. Elaborar o plano de ação detalhado de cada feira, incluindo:
- Tarefas previstas
- Descrição das atividades
- Responsáveis envolvidos
- Datas de início e conclusão

💡 Recomenda-se o uso de ferramentas de gestão de projetos — como MS Project, Trello, Asana, Monday, 
ClickUp ou Jira — que permitam acompanhar prazos, responsabilidades e entregas, preferencialmente com metodologias Scrum ou similares.

10. Iniciar os orçamentos de participação.
- Solicitar três propostas para cada serviço (buffets, montagem, agências de receptivo etc.).
- Sempre incluir o fornecedor oficial do evento entre as opções.


💡 As atividades 9 e 10 podem ser realizadas já no ano executivo das feiras.



$audaçõe$, com visão e propósito!


Feiras e Exposições
O que todo expositor deve saber
Por: Anne Sophie Matthey-Henry

Excelente Iluminação no Pavilhão?

Obrigação do pavilhão + Direito do promotor = Benefícios para todos



$audaçõe$, com visão e propósito!



Feiras e Exposições
O que todo expositor deve saber
Por: Anne Sophie Matthey-Henry

Iluminação. Conheça sua importância na arquitetura promocional.

Descubra porque valorizar a iluminação de seu estande pode ser mais importante do que o projeto do estande em si.

A iluminação na arquitetura promocional não serve apenas para proporcionar luz ao ambiente, ao estande, à vitrine, ao display ou à logomarca da empresa. A iluminação dos estandes em feiras de negócios tem como função destacar produtos, equipamentos ou serviços do expositor. O objetivo em participar de uma feira de negócios deve levar, obrigatoriamente, o expositor a tratar com profundo cuidado e zelo o quesito iluminação. Uma iluminação mal planejada, mal projetada ou mal instalada pode confundir os visitantes, fazendo com que não interpretem o estande de forma favorável.

Seja qual for o tipo de iluminação (quente ou fria, com lâmpadas fluorescentes ou incandescentes, dicroicas, LED ou halógenas) desejada, o importante é que o resultado da iluminação dê destaque para o que a empresa deseja mostrar. Ao olhar para seu estande os visitantes devem visualizar claramente qual é o objeto em evidência, a razão de você estar ali com um estande de sua empresa.


Figura 1: Uma iluminação distante cria sombra sobre os produtos

Há expositores que colocam vários objetos em evidência, em vários lugares, alguns expõem centenas de produtos e acessórios; criam atenção para todos os lugares, vitrines, testeira, bar com buffet, um banner ou várias fotos, entre outros. Há aqueles que colocam em evidência até pessoas, atrações e entretenimentos. Os visitantes nem sabem para onde olhar.  Ou ocorre o oposto, expositores com estandes grandes podem ter a exposição de seus produtos prejudicada, se não valorizarem a iluminação. As montadoras podem instalar refletores que ficam distantes dos produtos e em alguns casos, criam até sombra. A responsabilidade da iluminação do estande está no expositor. Ele é quem definirá o seu briefing junto à montadora. A maioria das montadoras só executa o que o cliente pede e se ele pede.


Figura 2: Neste exemplo, peças pequenas recebem iluminação clara e bem próxima.


Figura 3: Exemplo de iluminação planejada e projetada que valoriza o produto.

Um estande que evidencia muitas coisas confunde a visão do visitante. O visitante vê, mas não interpreta claramente qual o objetivo do expositor ou o que ele vende. Chamar a atenção para vários pontos e várias ações diferentes atrapalha a interpretação do que se vê.


Uma iluminação bem projetada favorecerá os negócios e auxiliará o expositor no alcance do objetivo principal. Converse com sua montadora sobre a questão da iluminação.




Expositor, lembre-se: o cérebro só interpreta o que os olhos podem ver.



$audaçõe$, com visão e propósito!



Feiras e Exposições
O que todo expositor deve saber
Por: Anne Sophie Matthey-Henry


Fonte das fotos: Reed Exhibitions

Nova aquisição por parte de empresa britânica.

i2i Events Group, do Reino Unido, comprou a feira brasileira Educar/Educador esta semana.  

O valor da transação não foi revelado. No total, a i2i tem 17 eventos em diversos segmentos. A empresa vai trazer à São Paulo grandes eventos do seu portfólio já este ano (2013). Só em outubro serão três: a World Retail Congress, de varejo, a feira RWM, sobre gestão de resíduos sólidos e o Bett, congresso de tecnologia da informação para educação.

Há a possibilidade de novas aquisições e parcerias no Brasil em setores compatíveis com seus eventos já existentes, a fim de auxiliar no crescimento destes. No caso da Educar/Educador, a i2i já detinha a marca Bett, que será parceira da feira brasileira daqui em diante.

Leia mais em:
http://www.valor.com.br/empresas/3133600/britanica-i2i-events-compra-feira-no-brasil#ixzz2U4S8srT7


Feiras e Exposições
O que todo expositor deve saber
Por: Anne Sophie Matthey-Henry

Como planejar a participação em feiras de negócios e eventos.

Antes de definir a participação em uma feira ou evento setorial, recomenda-se a elaboração de um estudo prévio sobre o calendário de eventos disponíveis em sua cidade, região ou no território nacional.

Esse levantamento deve estar alinhado aos objetivos estratégicos da instituição — sejam eles de posicionamento institucional, promoção comercial, prospecção de novos mercados ou fortalecimento de parcerias.

A seguir, são apresentados alguns passos essenciais para orientar essa análise.


1º. PASSO – Pesquisa e uma planilha inteligente:


Prepare uma planilha inteligente em Excel, com filtros e outros recursos de organização.

No início, ela será apenas um grande calendário. Com o tempo, porém, evoluirá para uma pesquisa refinada — com parâmetros, indicadores, valores e prazos definidos para as ações relacionadas aos eventos que você deseja participar.

O resultado será uma ferramenta estratégica para orientar suas melhores decisões de investimento em eventos.


2º. PASSO - Onde pesquisar: 

O calendário da UBRAFE pode fornecer a relação de todas as feiras dos principais promotores associados. Acesse o site ou então entre em contato com a entidade.


3º. PASSO – Consultar outros calendários:

Certifique-se de eventuais outros eventos e congressos técnicos de portes variados e de igual interesse.

(3a) Pesquise na 
Plataforma Brasil Exportação, operada pela ApexBrasil sob coordenação do Itamaraty:

(3b) Pesquise as 3 maiores promotoras mundiais com base no Brasil:
Informa Markets
Nürnberg Messe Brasil
RX Brazil


(3c) Pesquise em bancos de eventos alternativos:
Expo News Brasil
Feiras do Brasil 
Feiras Industriais
n'Feiras

(3d) Se desejar incluir em sua pesquisa, a participação em feiras no exterior - como expositor ou como visitante com delegações organizadas -, procure a ApexBrasilCom o apoio da ApexBrasil, sua participação em feiras internacionais ganha outro alcance. É uma forma segura e organizada de mostrar seus produtos ao mundo, conhecer compradores e tendências globais, além de descobrir novas oportunidades.

Agenda do Exporta Mais Brasil
Regulamento Geral de Participação 2026 (para Feiras de Alimentos e Bebidas 2026)


4º PASSO - Tabulação de todos dados:

Cadastre em uma planilha todos os detalhes que encontrou em sua primeira pesquisa, dos eventos de maior interesse para os negócios de sua empresa.

Também é possível a realização de uma pesquisa através de um consultor de eventos. A vantagem da contratação de um consultor é a qualidade da tabulação das pesquisas. Normalmente o material é entregue com uma análise promocional, institucional e comercial, relacionando os eventos aos seus negócios. Uma consultoria especializada nesse serviço é a Ello Consultores - contatos poderão ser feitos com Eliane Bastos eliane@elloconsultores.com.br


$audaçõe$ e boa sorte!


Feiras e Exposições
O que todo expositor deve saber
Por: Anne Sophie Matthey-Henry

Como atrair o público de SEU interesse para SEU estande.

O objetivo desse post é divulgar ideias e sugestões para que os expositores consigam receber em seu estande o público de seu interesse.




📍 Cuidado com as imagens 


Um estande carregado de imagens não funciona — o excesso causa poluição visual e desconforto. Seu espaço deve ser receptivo e agradável, tanto para olhar quanto para estar nele.

Prefira poucas fotos, mas que sejam relevantes, grandes e de boa qualidade.

Uma boa comunicação visual mantém uma coerência estética: as imagens exibidas no estande devem ser as mesmas — ou, no mínimo, correspondentes — às utilizadas na campanha pré-evento. Elas podem aparecer em diversos formatos, como:
  • Materiais digitais pré-evento: site institucional, landing pages (páginas específicas da campanha), blog corporativo, newsletter, e-mail marketing e assinaturas de e-mail.
  • Materiais impressos: flyers, convites, tickets, cupons, papel timbrado etc.
  • Mídias físicas e híbridas de experiência: fundos instagramáveis, QR Codes aplicados em elementos físicos, projeções, telões e filtros digitais.
  • Merchandising no evento: estruturas térreas ou aéreas, conforme o espaço e a promotora.

Toda campanha de comunicação precisa de design profissional, coerente e de impacto.
Se deseja resultados consistentes, faça um bom planejamento visual e conte com agências especializadas para o desenvolvimento das peças — o departamento de marketing da empresa já estará focado na execução do evento.

Apesar do investimento, uma campanha bem planejada pode ser reaproveitada em feiras simultâneas ou consecutivas, e em outros momentos ou tipos de eventos (próprios, treinamentos, cursos, campanhas internas e datas comemorativas).

Adote uma nova campanha a cada ano e escolha sempre imagens de qualidade — quando aplicadas com propósito, elas reforçam a mensagem e o valor da sua marca.



📍 Seu estande pode ser um oásis 


As feiras de negócios estão cada vez mais objetivas e menos custosas para os promotores — mas, em contrapartida, mais complexas e caras para os demais envolvidos, incluindo... os expositores.

Antigamente, a planta física das feiras era diferente. Havia corredores mais largos, pequenas praças entre os estandes, com bancos e até algum paisagismo. Vi muitos espaços planejados (já visíveis no mapa de comercialização) que funcionavam como pontos de respiro para quem enfrentava longas caminhadas até a feira — e dentro dela. Hoje, quase nada disso existe. Áreas de descanso pré-planejadas são raras; os poucos assentos costumam ficar restritos às praças de alimentação — quando existem.

A grande questão é: quantas promotoras realmente pensam na Experiência do Cliente–Visitante?

A jornada do visitante é longa e cansativa. Ela começa antes mesmo da feira, no trânsito até o local do evento, na dificuldade para encontrar vaga e nos estacionamentos distantes — quase sempre pagos e caros. Depois, há o deslocamento até a entrada, a fila no credenciamento e, já dentro do pavilhão, a percepção do tamanho do desafio: longos corredores, multidões e filas para tudo. Filas para o banheiro, para o café, para um copo d’água, para comer um lanche — muitas vezes em pé, sem lugar para sentar. Quando a alimentação é terceirizada ou compartilhada com a área de um shopping, o visitante ainda precisa disputar elevadores, escadas rolantes e mesas com o público externo.

Além desse percurso físico, há o ambiente em si: por vezes barulhento, abafado e ou visualmente saturado. O cenário, que deveria ser inspirador, torna-se desgastante e desestimula até os mais interessados.

E, como se não bastasse, as grandes feiras raramente oferecem áreas fechadas de descanso, pontos de recarga ou de acesso fácil à internet, com conforto e climatização. Muitos promotores economizam justamente onde o visitante mais precisa de cuidado. O resultado é previsível: pessoas cansadas, irritadas e sem disposição para conversar.

Poucos organizadores priorizam o bem-estar do público. São raros os eventos — especialmente os B2C — que realmente pensam na Experiência do Cliente–Visitante.


💡 A oportunidade: Expositor, por isso que seu estande pode ser um verdadeiro “oásis”. 


Enquanto o entorno é barulhento, quente e exaustivo, o seu espaço pode representar alívio. Um ambiente agradável, silencioso, com ar fresco, assentos confortáveis e uma recepção cordial é o suficiente para transformar a percepção da sua marca.

Faça do seu estande uma Experiência. Crie uma pequena área de hospitalidade. Ofereça água, café, wi-fi, tomadas para recarga e, principalmente, um atendimento humano. O visitante que se sente acolhido permanece mais tempo, ouve com atenção e guarda uma lembrança positiva do encontro.

Observe se a promotora já oferece algum tipo de serviço e, a partir disso, planeje uma estratégia diferenciada. Use o que falta no evento a seu favor.

Lembre-se: hospitalidade é comunicação silenciosa. Ela transmite cuidado, gera confiança e transforma o seu estande em um ponto de pausa no meio do caos.

Um estande bonito, moderno e acolhedor é lembrado. E uma marca que cuida é a primeira a ser lembrada quando o visitante se torna cliente.



📍 Aproveite as oportunidades da promotora

Muitas promotoras de feiras oferecem soluções de patrocínio e merchandising que podem ajudar a direcionar o público de interesse até seu estande. Essas opções costumam incluir:
  • Patrocínio de áreas estratégicas, como lounges, estações de recarga e/ou de power bank, totens de credenciamento ou sacolas do evento;
  • Merchandising digital, como inserções em newsletters, posts oficiais, aplicativos ou mapas interativos da feira;
  • Sinalização física, banners suspensos, adesivos de piso ou painéis de direção que ajudam a conduzir o visitante até seu espaço.
Ao avaliar essas oportunidades, analise quais canais mais conversam com seu público de interesse. Uma ação bem escolhida pode ampliar o alcance da sua marca e filtrar o público realmente interessado em seus produtos ou serviços.



📍 Exposição de máquinas e produtos

Não leve toda a sua linha para o evento. Foque no carro-chefe, novidades ou lançamentos recentes. Evite poluir visualmente o estande com excesso de produtos ou informação.

Se desejar mostrar a linha completa, produza catálogos ou fotografias de qualidade para distribuir/mostrar aos visitantes de interesse (estude adotar versões digitais - use as IAs para oferecer uma experiência personalizada).

Atenção: em caso de equipamentos pesados, verifique as regras de acesso ao pavilhão. Grandes veículos ou equipamentos pesados normalmente têm datas e horários específicos para a entrada no pavilhão, antes da descarga de materiais mais leves relacionados à montagem do evento. Consulte a promotora nesta situação.



📍 Brindes

Evite a distribuição indiscriminada de brindes. Filas e aglomerações em frente ao estande podem bloquear a passagem e afastar o público realmente qualificado.

Se o objetivo é atrair decisores, diretores, VPs ou CEOs, prefira ações personalizadas e estratégicas, que transmitam valor e exclusividade.

Planeje brindes ou experiências que estejam alinhados à sua marca e agreguem significado ao visitante certo (parte do seu público de interesse) — um item útil, sustentável ou com propósito tende a gerar lembrança positiva e reforçar sua imagem.



✅ Dica Extra: Proteja e valorize cada lead

Coletar leads é essencial, mas preservar os dados captados é uma responsabilidade ética e estratégica. Ao mesmo tempo, é fundamental reconhecer o valor de cada lead, considerando o investimento necessário para captá-lo.

Algumas práticas recomendadas de segurança e relacionamento:

⭑Não mantenha o banco de dados exposto na rede;

⭑Utilize sistemas de CRM para armazenar e atualizar dados, além de registrar e acompanhar todas as interações;

⭑Defina o perfil de cada visitante e adote estratégias de Inbound Marketing antes de realizar follow-up ou disparos de newsletter e e-mail marketing;

⭑Trate cada lead com atenção e segmentação, evitando mensagens genéricas.

👉 Uma forma prática de refletir sobre o valor de cada lead é calcular o custo por lead qualificado em cada evento. Por exemplo:

⭑Área do estande: R$ 10.000

⭑Custos operacionais (campanhas, comunicação visual, staff etc.): R$ 30.000

⭑Custos do sistema de CRM (rateio por lead, considerando 5.000 leads captados)

⭑Outros pequenos custos

Somando todos os valores, é possível determinar o custo unitário de cada lead qualificado. Qual seria o valor de cada lead para você? R$ 500,00? R$ 2.000,00?

💡 Essas ações demonstram respeito e profissionalismo, fortalecendo a confiança do visitante e a reputação da sua marca.


Outros artigos recomendados: 






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Feiras e Exposições
O que todo expositor deve saber
Por: Anne Sophie Matthey-Henry

Público-alvo e público de interesse. Diferentes responsabilidades de promotores e expositores.

Nem todo visitante é o visitante certo para todo expositor.

Em uma feira de negócios, o público-alvo representa o conjunto de pessoas que circulam pelo evento. É o que justifica a existência da feira. Mas, dentro desse universo amplo, existe um recorte ainda mais estratégico: o público de interesse de cada expositor — aquele que realmente importa para o seu negócio e que justifica o investimento na participação.





Primeiramente, é necessário refletir que um evento só se sustenta se houver demanda real de visitação.

O público-alvo de uma feira ou exposição reúne todos os agentes que compõem a cadeia produtiva do setor tema de um evento: estudantes, professores, fornecedores, fabricantes, distribuidores, representantes comerciais, consultores, técnicos, especialistas, compradores, usuários, entre outros. São diversos perfis — e todos fazem parte do público-alvo do evento.

📍 Contudo, cabe a cada expositor refletir:
  • “Qual é o meu público de interesse?”
  • “Quem eu quero atrair para o meu estande?”
  • “Quem eu espero ver na sala de reuniões fechando negócios?”

A promotora ou organizadora do evento cumpre seu papel ao garantir a presença do público-alvo. Esse público amplo e qualificado. Já o expositor tem a responsabilidade de identificar e atrair, dentro dessa multidão, os visitantes que realmente interessam ao seu negócio.

O público de interesse é o motivo central que justifica a participação de uma empresa em determinado evento.

📍 Vale questionar: 
  • "Este evento é realmente estratégico para os meus negócios? Por quê?"
  • "Qual o melhor formato de participação? Como expositor? Como patrocinador? Com merchandising ou apenas como visitante?"

Os objetivos podem variar: lançar produtos, ampliar visibilidade, gerar novos contatos, vender ou fidelizar clientes. Mas, em todos os casos, o sucesso ou o fracasso da participação depende do próprio expositor.

A responsabilidade do promotor termina quando o público-alvo está presente no evento, e a responsabilidade do expositor começa na ação estratégica de captar o seu público de interesse até o seu estande.

Por isso, antes de confirmar a participação, a empresa interessada em expor deve certificar-se de que seu público de interesse está, de fato, contemplado no público-alvo do evento.

Se necessário, a empresa deve buscar evidências, referências ou depoimentos de quem já participou e em seguida, fazer uma autoanálise interna: a equipe ou staff da empresa está preparada para atrair, atender e converter esse público em resultados concretos?

Essa resposta é determinante para o êxito na participação!


$audaçõe$, com visão e propósito!


Feiras e Exposições
O que todo expositor deve saber
Por: Anne Sophie Matthey-Henry

Recepcionistas. Fundamental Treinamento Pré-evento

O tema deste artigo envolve o trabalho de recepcionistas em estandes e considerar a importância de se ter clareza do papel estratégico deste serviço e de considerar os critérios para a contratação


📍 Antes de pensar na aparência do estande, vale refletir:

  • Qual é o papel das recepcionistas na participação em uma feira de negócios?
  • Elas foram efetivamente treinadas para acolher e orientar os visitantes, oferecendo informações relevantes sobre sua empresa? 
Em alguns casos, ainda se observa a contratação de profissionais com o único propósito de atrair olhares — uma prática ultrapassada e, sobretudo, equivocada. Além de transmitir uma mensagem enganosa, esse tipo de estratégia compromete a imagem institucional e desvia a atenção do que realmente importa: o conteúdo, o produto e o relacionamento com o público certo.


📍 Empatia e representatividade:

Qualquer pessoa que estiver trabalhando dentro de seu estande estará representando a marca da sua empresa. Por isso, empatia deve ser um critério tanto na contratação quanto no relacionamento com todos os profissionais, inclusive recepcionistas.

Elas merecem ser tratadas como parte integrante da equipe e devem conhecer bem a empresa que representam. Uma recepcionista informada e segura transmite credibilidade, acolhe melhor o visitante e contribui para que a experiência no estande seja positiva.

Lembre-se: toda interação é uma oportunidade de fortalecer a imagem da marca.


📍 Critérios de contratação:

Contratar recepcionistas sem critérios claros é um erro comum — e caro. O processo deve considerar o perfil comportamental mais adequado aos objetivos da empresa no evento.
De modo geral, há quatro perfis básicos que podem ser combinados de acordo com a estratégia:
  • Expressiva: comunicativa, entusiasta, ideal para recepção e ativação de público;
  • Amigável: acolhedora, empática e paciente, excelente para atendimento de relacionamento;
  • Analítica: detalhista e precisa, recomendada para empresas que demandam informações técnicas;
  • Condutora: segura e objetiva, ideal para direcionar fluxos e conduzir visitantes a contatos comerciais.
Mais do que “simpatia”, é fundamental escolher profissionais que sabem se comunicar com o público de interesse da empresa.


Um bom exemplo Recepcionistas em estande
durante a Mecânica 2012


📍 Treinamento e alinhamento:

Mesmo recepcionistas experientes precisam de orientação e treinamento pré-evento. É papel do expositor explicar os objetivos, as mensagens-chave, o tipo de abordagem esperada diferenciando o público-alvo do público de interesse, 

É necessário inclusive orientar todas a equipe do estande sobre as orientações básica da feira, como horários do evento, localização de restaurantes, banheiros, chapelaria, lounges, ambulatório, bombeiros, entrada/saída do evento e estacionamento.

Essas instruções garantem coerência na comunicação e evitam improvisos.

Se o tema ou os produtos da empresa forem muito técnicos, um membro da equipe pode assumir a responsabilidade pelo treinamento dessa parte.


📍 Do estereótipo ao valor estratégico:

As recepcionistas selecionadas, contratadas e treinadas não devem ser vistas como um “recurso decorativo”, mas como parte de uma estratégia de hospitalidade.

Geralmente, as recepcionais são o primeiro contato de muitos visitantes com a marca — e, muitas vezes, a diferença entre um visitante curioso e um cliente em potencial.

Recepcionistas bem selecionadas e preparadas ajudam a:
  • Qualificar o público visitante (diferenciando o público-alvo do público de interesse);
  • Direcionar contatos promissores à equipe de vendas;
  • Reforçar a imagem institucional;
  • Criar uma experiência agradável e memorável no estande.

📍 Conclusão:

Decidir pela contratação desse serviço sem planejamento, sem treinamento ou com objetivos inadequados é um recurso artificial que enfraquece a marca e banaliza o potencial humano.

Nas feiras de negócios (B2B), o sucesso está na credibilidade, na hospitalidade e na coerência da comunicação.

Aproveite essa oportunidade para transformar o estande da sua empresa em um espaço de boas conversas, boas conexões e boas lembranças — com uma equipe que realmente representa o que a sua marca é.


$audaçõe$ e boa sorte!


Feiras e Exposições
O que todo expositor deve saber
Por: Anne Sophie Matthey-Henry

Demonstrações: A Melhor Experiência

Como atrair a atenção certa em uma feira de negócios

Atrair a atenção dos visitantes em uma feira pode ser um grande desafio — especialmente quando o evento recebe uma multidão. Em média, um visitante leva apenas 3,5 segundos para passar diante do seu estande (salvo raras exceções, no caso de estruturas muito grandes). Nesse curto espaço de tempo, ele é bombardeado por estímulos visuais e sonoros: imagens, luzes, vídeos, músicas, cheiros, além das abordagens diretas.

O verdadeiro desafio do expositor é despertar o interesse certo, da pessoa certa. Fotos ou painéis impactantes não bastam. É preciso interagir com o público — mas com o público de seu interesse, aquele que realmente pode se tornar cliente ou parceiro.

📍 Antes de pensar em atrair a atenção, questione-se:
  • “É mesmo necessário chamar atenção de todos?”
  • “Quem eu realmente quero que pare e entre no meu estande?”

Definir com clareza o seu público de interesse é o primeiro passo. Quando esse visitante tem uma experiência real com seu produto ou serviço, o nível de engajamento cresce — e o comprometimento dele com a informação que você oferece também.

A melhor forma de despertar esse interesse é por meio de demonstrações ao vivo. Elas transformam a curiosidade em experiência, e a experiência em lembrança.


Demonstração técnica para Estudantes durante a Mecânica 2012















$audaçõe$, com visão e propósito!


Feiras e Exposições
O que todo expositor deve saber
Por: Anne Sophie Matthey-Henry